
Autor: Manuel Carapinha
Como esquecer o lugar onde nascemos?
Não é possível!
Nas horas em que estamos em silêncio, pensamos na nossa juventude e dos anos, que já lá vão.
Vivi no Cais do Pico, até aos meus 20 anos, mas hoje recordo com saudade, aqueles tempos de derreter baleia, no porto que agora se chama velho. Ele está lá. Como guardião dos velhos tempos a nos lembrar de um passado de glórias e labuta na "caça à baleia". Foguetes para o ar, Baleia! Baleia! – gritavam. A bandeira está estendida no cabeço de SANTA ANA. Botes para o mar. Lanchas prontas para rebocarem os botes. As esposas dos marinheiros com roupa e uma saquinha, com pão e queijo, feito por estas, do leite de suas cabras, criadas com rama de incenso e faia. Seguiam com seus olhos brilhantes, os maridos que iam há procura do pão, para seus filhos, mais tarde se saberia, que o mestre Manuel Januário tinha apanhado uma baleia. Alegria na casa de derreter. Acendia-se o lume, debaixo dos grandes caldeirões, para quando chegasse a baleia, estivesse tudo pronto para se derreter. Verdade! Sucedia assim,. Começa-se a desmanchar o corpo da baleia. Vários homens com celhas. Cada dois homens, com seu pau de palanca, transportam os toucinhos para os caldeirões, quando estes estão derretidos, o que lhe chamavam torresmos, se
Um abraço ao Velho Cais.
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